As pessoas com TPB apresentam desregulação emocional, dificuldades de autopercepção – sua autoimagem, seus objetivos e as preferências são com frequência pouco claras. Costumam se envolver em relacionamentos intensos e instáveis, o que leva crises emocionais e a muito medo do abandono. Tem uma sensação de vazio e muita impulsividade, podem fazer ameaças de suicídio e se autolesionar.
A desregulação emocional leva as pessoas reagirem emocionalmente de maneira mais intensa e por mais tempo que a maioria das pessoas. É como um botão de volume desregulado: em vez de aumentar um pouco fica altíssimo e quando baixa fica inaudível. É assim a emoção do border: fica triste demais ou empolgado demais com as coisas que acontecem. Isso se reflete de forma muito intensa nos seus relacionamentos, pois pode considerar ótimas as pessoas à sua volta e, depois de uma pequena frustração, achá-las péssimas.
O medo do abandono também causa grande sofrimento para que tem Transtorno de Personalidade Borderline. Qualquer possibilidade de quebra de vínculo afetivo pode trazer reações negativas e afetar seu bem-estar. Em alguns casos, esses sentimentos podem decorrer, inclusive, de sensações imaginárias de abandono.
As pessoas com este transtorno de personalidade têm dificuldade de autopercepção, tanto em relação à si mesma quanto às suas emoções. Nem sempre conseguem se descrever ou identificar suas próprias características, mesmo as positivas, relatando muitas vezes a sensação crônica de vazio.
A impulsividade também é um traço forte da personalidade Borderline. As atitudes impulsivas acontecem tanto para gerar prazer ou alívio imediata, aumentando as chances de se envolverem com drogas, álcool, comportamento sexual de risco. Também podem apresentar reações violentas em situações de estresse, quebrando as coisas ao redor ou até agredindo outras pessoas.
Todas estas características vêm acompanhadas de imensa culpa e arrependimento, levando à uma baixa autoestima. Pessoas com TPB têm risco aumentado de automutilação e suicídio.